A NATO endureceu o seu discurso face às crescentes provocações russas, que incluem incursões de drones e jatos de combate no espaço aéreo de países membros como a Polónia e a Estónia. O Secretário-Geral da Aliança, Mark Rutte, afirmou que a organização é "muito mais forte do que a Rússia" e advertiu Moscovo de que, embora não procure a escalada, tem "tudo pronto para assegurar que vai defender-se" contra violações intencionais. Numa reunião ministerial em Bruxelas, Rutte clarificou que a capacidade de dissuasão da Aliança não se limita a abater as aeronaves russas, incluindo também a sua interceção e acompanhamento para fora do espaço aéreo aliado.
Esta abordagem visa demonstrar força e controlo sem desencadear um confronto direto.
A preocupação com as incursões levou a NATO e a UE a discutirem a criação de um "muro de drones" para proteger os Estados-membros. Rutte destacou a complementaridade entre as duas organizações, afirmando que "a NATO é boa nas coisas pesadas [armamento e estratégia militar], enquanto a União Europeia tem um enorme 'soft power' [poder de persuasão e diplomático]".
Esta combinação, segundo ele, "é crucial para que a Rússia não prevaleça".
Os ministros da Defesa da Aliança reuniram-se para debater como reforçar o apoio à Ucrânia e coordenar a resposta a estas ameaças híbridas, que são vistas como um teste aos reflexos defensivos da NATO.
A mensagem central transmitida a Moscovo é de vigilância e prontidão, mantendo uma linha firme contra qualquer agressão deliberada ao território da Aliança.
Em resumoPerante as repetidas incursões aéreas russas, a NATO reafirma a sua força e prontidão para defender o seu território, combinando a dissuasão militar com a diplomacia. O Secretário-Geral Mark Rutte deixou claro que, embora a Aliança não deseje abater aeronaves russas, está totalmente preparada para responder a qualquer provocação intencional.