A União Europeia está a acelerar a implementação de uma estratégia de defesa mais robusta face às ameaças russas, planeando a criação de uma "muralha de drones" e discutindo a utilização dos ativos soberanos russos congelados para financiar o esforço de guerra da Ucrânia. Estas medidas, que serão centrais na próxima cimeira de líderes, marcam uma transição para uma postura de segurança mais proativa e de longo prazo. A iniciativa da "muralha de drones", proposta pela Comissão Europeia, visa construir uma rede de sensores e sistemas de neutralização para proteger todo o espaço aéreo europeu, expandindo um plano inicialmente focado no flanco oriental.
A Presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, defendeu uma "reação firme", afirmando que a Europa deve "investigar cada incidente e não hesitar em atribuir responsabilidades".
Paralelamente, os líderes da UE debatem a controversa proposta de utilizar os lucros gerados pelos cerca de 210 mil milhões de euros em ativos russos imobilizados para fornecer um apoio financeiro estável a Kiev. Embora a ideia tenha apoio de países como o Reino Unido, França e Alemanha, enfrenta reservas jurídicas de outros, como a Bélgica. Adicionalmente, o Banco Europeu de Investimento (BEI) manifestou disponibilidade para apoiar o financiamento de infraestruturas anti-drone. Estas ações coordenadas demonstram a determinação de Bruxelas em aumentar o custo da guerra para a Rússia e reforçar a sua própria capacidade de defesa.
Em resumoA UE está a reforçar a sua estratégia de defesa contra a Rússia através de duas vias principais: a criação de um sistema de defesa aérea contra drones e a exploração de mecanismos financeiros inovadores, como a utilização de ativos russos congelados, para garantir um apoio sustentado à Ucrânia.