Esta campanha de bombardeamentos, que se intensifica com a chegada do tempo frio, visa minar a resiliência do país e aumentar a pressão sobre a população.

Nos últimos dias, a Rússia lançou ataques em larga escala contra as redes de eletricidade e gás ucranianas.

Regiões como Kharkiv, Sumy, Poltava, Donetsk, Dnipropetrovsk, Zaporizhzhia e Kirovograd sofreram cortes de emergência.

Em Kharkiv, uma ofensiva russa danificou uma clínica e uma subestação elétrica, resultando em 57 feridos.

Os ataques noturnos tornaram-se uma constante, com a Força Aérea ucraniana a relatar o lançamento de dezenas de drones e mísseis numa única noite. Embora os sistemas de defesa antiaérea consigam neutralizar uma parte significativa das ameaças, muitos projéteis atingem os seus alvos.

A empresa estatal de gás Naftogaz informou que as suas instalações sofreram três ataques em oito dias, e a empresa privada DTEK Naftogaz teve de interromper operações numa unidade de produção de gás. Esta estratégia russa, que se repete com a aproximação do inverno, obrigou Kiev a reintroduzir cortes esporádicos de energia e a planear um aumento de 30% na importação de gás. O presidente Zelensky classificou os ataques como “terror” e “intimidação”, insistindo na necessidade urgente de mais sistemas de defesa aérea, como os Patriot, NASAMS e SAMP/T, para proteger as infraestruturas críticas e a população civil.