O sentimento de urgência é partilhado por vários líderes europeus.

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmou que, “desde a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, tornou-se claro que a paz sem defesa é uma ilusão”. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reforçou esta visão, declarando que “as ameaças recentes mostraram que a Europa está em risco”.

O novo plano, intitulado Defence Readiness Roadmap 2030, visa colmatar lacunas de capacidade em nove áreas críticas, incluindo defesa aérea, mobilidade militar e drones.

Um dos projetos mais emblemáticos é a “European Drone Wall”, um sistema integrado para detetar, rastrear e neutralizar drones hostis, que deverá estar operacional até ao final de 2027.

Esta iniciativa, juntamente com um escudo aéreo e espacial, pretende fortalecer a capacidade da Europa para “dissuadir e defender em terra, no ar, no mar, no ciberespaço e no espaço”.

Para financiar este esforço, a UE prevê mobilizar até 800 mil milhões de euros, e pressiona os Estados-membros a aumentarem as aquisições conjuntas de equipamento militar, com metas de que 40% das compras sejam partilhadas até 2027. A Alemanha já anunciou um investimento de 10 mil milhões de euros em drones militares nos próximos anos e a sua disponibilidade para liderar o escudo de defesa aérea europeu.