Esta medida autoriza o envio de tropas da reserva para operações no estrangeiro, incluindo em regiões ucranianas como Sumy e Kharkiv. De acordo com o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), a nova legislação altera o enquadramento legal existente, que limitava a convocação de reservistas a períodos de mobilização geral ou guerra declarada. Agora, as alterações “permitirão à Rússia destacar reservistas em tempo de paz”.
Andrei Kartapolov, presidente da Comissão de Defesa da Duma, confirmou que o diploma autoriza o envio destes militares para o estrangeiro. A Rússia possui atualmente uma reserva de mobilização com mais de dois milhões de pessoas, composta maioritariamente por ex-militares que recebem pagamentos para se manterem vinculados ao exército. Com a nova lei, estes poderão ser chamados para treinos especiais de até dois meses e, crucialmente, para operações de combate reais.
Aleksey Zhuravlyov, vice-presidente da Comissão de Defesa, afirmou que a medida elimina “detalhes técnicos legais” que limitavam a flexibilidade do Ministério da Defesa, permitindo “ativar a enorme capacidade de mobilização do país”.
A decisão surge num momento em que o Kremlin enfrenta dificuldades de recrutamento, com um défice mensal entre novos recrutas e baixas. Apesar de oferecer prémios de assinatura de contrato elevados, equivalentes a cinco vezes o salário médio anual, a Rússia tem recorrido a campanhas que promovem um “serviço seguro” na retaguarda para atrair voluntários, ao mesmo tempo que busca apoio logístico e militar de países como a Coreia do Norte e Cuba.













