O documento alerta que estas operações de “guerra híbrida” estão a tornar-se cada vez mais complexas, fragmentadas e difíceis de detetar. O relatório descreve a Rússia como o ator de desinformação “mais agressivo”, cujas ações continuam a aumentar através de ciberataques, sabotagem e operações secretas.
No entanto, destaca que a China e o Irão também intensificaram as suas estratégias, utilizando ferramentas de Inteligência Artificial (IA) e redes de ‘bots’ (contas automatizadas) para ampliar o alcance das suas narrativas.
O objetivo comum destas campanhas é “corroer a confiança do público, minar a credibilidade dos media e aprofundar as divisões sociais”.
Países como Bulgária, Áustria e França são frequentemente visados pelo Kremlin.
Em Portugal, o apagão energético de 28 de abril foi um dos casos de desinformação mais relevantes.
A preocupação com notícias falsas é generalizada, com um inquérito da UE a revelar que 88% dos europeus estão preocupados com este fenómeno.
Em resposta, Bruxelas tem vindo a reforçar a legislação, como a Lei dos Serviços Digitais (DSA), que obriga as grandes plataformas a combater a desinformação sistémica.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou também a criação de um novo Centro Europeu para a Resiliência Democrática para monitorizar e detetar a manipulação de informação.
Apesar destes esforços, o relatório adverte que “a batalha é desigual”, pois “a desinformação é rápida e barata de fazer, enquanto a verificação e desmistificação é lenta e cara”.














