A escolha da capital húngara como palco do encontro é estratégica, dado que o primeiro-ministro Viktor Orbán mantém relações próximas com ambos os presidentes.
Orbán celebrou a notícia, afirmando que “a Hungria é a ilha da paz” e o “único lugar na Europa” onde tal reunião poderia ocorrer.
O Kremlin confirmou que a cimeira está a ser organizada, embora o porta-voz Dmitri Peskov tenha adotado um tom cauteloso, referindo que há “muitas questões” para resolver e que os preparativos “ainda não começaram na totalidade”.
Antes do encontro principal, está prevista uma reunião preparatória entre o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, e o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov.
A reação na Europa foi mista.
O chefe da diplomacia portuguesa, Paulo Rangel, considerou que qualquer “diálogo que se faça no sentido de obter acordos de paz ou de cessar-fogo é sempre bem-vindo”, embora tenha classificado a escolha do local como “um pouco estranho”. Em contrapartida, a chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, manifestou ceticismo, afirmando que a perspetiva da reunião em Budapeste “não é boa”.
A iniciativa surge num momento de intensa atividade diplomática, com Trump a procurar capitalizar o seu recente sucesso no acordo de cessar-fogo em Gaza para mediar também o conflito europeu.














