O anúncio foi feito durante uma reunião entre os ministros da Defesa dos dois países, Andrey Belusov e Viktor Khrenin. O ministro russo, Belusov, afirmou que a cooperação militar e técnico-militar entre os dois países permite “enfrentar todo o espetro de desafios e ameaças à segurança”. Acusou a NATO de manter uma “presença militar avançada significativa no flanco oriental” e de intensificar as atividades de reconhecimento junto às fronteiras da União Estatal Rússia-Bielorrússia. No contexto da “guerra híbrida” que o Ocidente terá desencadeado, Belusov destacou a parceria como um “exemplo de boa vizinhança”. As prioridades da aliança incluem o reforço das capacidades de combate do agrupamento regional de forças e do Sistema Unificado de Defesa Aérea.

Os dois países realizam anualmente mais de 150 exercícios conjuntos.

O ministro da Defesa bielorrusso, Viktor Khrenin, corroborou esta visão, alertando para a “militarização acelerada” dos países europeus e para a criação de um “novo componente nuclear europeu, independente dos Estados Unidos e da NATO”. Este aprofundamento da cooperação militar solidifica o papel da Bielorrússia como o principal aliado estratégico da Rússia na região, num momento de elevada tensão com o Ocidente.