As autoridades polacas advertiram que, se o avião presidencial russo cruzar o seu espaço aéreo, poderão ser forçadas a agir.
O ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, Radoslaw Sikorski, foi explícito na sua ameaça, afirmando: “Não posso garantir que um tribunal polaco independente não ordene ao Governo que escolte uma aeronave deste tipo para entregar o suspeito ao tribunal em Haia”.
Esta posição firme de um dos principais apoiantes de Kiev na NATO contrasta fortemente com a de outros países europeus.
A Bulgária, por exemplo, manifestou-se disposta a autorizar a passagem de Putin pelo seu espaço aéreo se tal ajudar a garantir a paz.
O ministro búlgaro Georg Georgiev questionou: “Como poderia a reunião decorrer se um dos participantes não pudesse comparecer?”.
A Hungria, anfitriã da cimeira e em processo de saída do TPI, já garantiu que não cumprirá a ordem de detenção, assegurando que Putin poderá entrar e sair do país em segurança. Esta divergência de posições expõe uma fratura dentro da União Europeia sobre como lidar com o presidente russo, que é procurado por crimes de guerra. A viagem de Putin exigirá, inevitavelmente, sobrevoar o espaço aéreo de pelo menos um país da UE, todos eles (exceto a Hungria, em breve) membros do TPI, tornando a logística da sua deslocação um desafio complexo e politicamente sensível.














