Com a aproximação do inverno, a Rússia intensificou a sua campanha de ataques contra as infraestruturas energéticas e ferroviárias da Ucrânia, provocando cortes de energia generalizados e ameaçando o abastecimento da população. Várias regiões, incluindo Chernihiv, Dnipropetrovsk, Kirovograd, Sumy e Donetsk, foram alvo de vagas de ataques noturnos envolvendo dezenas de drones e mísseis balísticos. As autoridades ucranianas relataram que, numa única noite, a Rússia lançou um total de 98 drones de longo alcance contra várias zonas do país. Os ataques visaram especificamente centrais de produção e distribuição de energia. Na região de Chernihiv, o governador Vyacheslav Chaus confirmou que mais de 50 drones e dois mísseis balísticos atingiram instalações, resultando em cortes de energia na capital regional e noutras áreas. Em resposta, foram instalados pontos móveis de fornecimento de eletricidade para uso doméstico. As empresas energéticas ucranianas, como a DTEK Naftogaz e a Naftogaz, confirmaram que as suas instalações foram repetidamente atingidas, levando à interrupção das operações de unidades de produção de gás. A Naftogaz reportou três ataques às suas instalações em apenas oito dias.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, classificou os ataques como atos de “terror” e “intimidação”, apelando a um reforço da pressão internacional sobre o Kremlin.
Esta estratégia russa parece destinada a minar a resiliência da Ucrânia durante os meses mais frios, forçando Kiev a reintroduzir cortes de energia e a aumentar a importação de gás para garantir o abastecimento no inverno.
Em resumoA Rússia está a levar a cabo uma campanha sistemática de bombardeamentos contra o setor energético ucraniano, utilizando drones e míssees para causar apagões em várias regiões. Esta tática, que visa debilitar a Ucrânia com a aproximação do inverno, levou Kiev a apelar por mais ajuda internacional para conter os ataques e garantir a segurança energética do país.