Andrey Bezrukov, ex-agente dos serviços de informações russos, apelou publicamente a Putin para não viajar para a Hungria, alegando a existência de uma “operação” orquestrada pelos britânicos.

Numa entrevista na televisão estatal russa, Bezrukov, cuja identidade foi exposta em 2010, afirmou ter “preocupações muito, muito sérias acerca de Budapeste”.

Sem apresentar qualquer prova, sugeriu que a “mentalidade” britânica se baseia na ideia de que “se Putin não existir, não há problema” e que a Rússia se desmoronaria.

O ex-espião aconselhou que o encontro fosse transferido para os Emirados Árabes Unidos, descrevendo-os como “um país maravilhoso”.

As suas declarações foram amplamente divulgadas, adicionando uma camada de propaganda e intriga ao já complexo cenário diplomático. A alegação surge num momento em que a viagem de Putin à Hungria já enfrenta sérios obstáculos, incluindo as sanções da UE e o mandado de detenção do Tribunal Penal Internacional. Embora as alegações de Bezrukov não tenham sido corroboradas por qualquer fonte independente, elas servem para alimentar a narrativa do Kremlin de que o Ocidente representa uma ameaça existencial para a Rússia e o seu líder, potencialmente com o objetivo de justificar medidas de segurança reforçadas ou de influenciar a opinião pública russa sobre a cimeira.