Um dos ataques mais recentes atingiu a refinaria Rosneft Ryazan, a quarta maior da Rússia, localizada a cerca de 450 quilómetros da fronteira ucraniana, provocando um incêndio de grande escala e a interrupção parcial da produção. O Estado-Maior do Exército da Ucrânia assumiu a responsabilidade pelo ataque.

Desde o final de julho, Kiev tem lançado ofensivas quase diárias, utilizando drones desenvolvidos internamente. Dados compilados indicam que mais de 20 refinarias russas foram atingidas desde agosto, resultando numa redução estimada de 20% da capacidade total de refinação do país. As autoridades russas confirmam os incêndios, mas frequentemente atribuem-nos à “queda de destroços de drones” abatidos pelas suas defesas aéreas, sem mencionar diretamente os ataques ucranianos. Esta campanha já está a ter impacto interno na Rússia, com relatos de escassez e racionamento de combustíveis em várias regiões, embora os principais centros urbanos como Moscovo e São Petersburgo permaneçam, por enquanto, protegidos das consequências diretas.

Os ataques a refinarias e oleodutos tornaram-se um elemento central da guerra energética que decorre em paralelo com o conflito militar.