Estas declarações assinalam uma mudança significativa na perceção de segurança de uma das principais potências militares da Europa.

O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Fabien Mandon, afirmou perante a Assembleia Nacional que o seu principal objetivo é que as forças armadas estejam “prontas para um embate daqui a três ou quatro anos”.

Mandon alertou que Moscovo “pode ser tentada a continuar a guerra no continente europeu”, uma hipótese que se tornou o “fator determinante” na preparação militar francesa.

Esta avaliação coincide com relatórios dos serviços secretos alemães, que preveem que a Rússia possa estar pronta para um confronto com a NATO antes de 2029.

O general Pierre Schill, chefe do Estado-Maior do Exército, reforçou a mensagem, declarando que “o exército francês está pronto para defender o nosso país e o nosso continente” e que a Europa “deve tomar o seu destino nas mãos”.

Os generais sublinharam que o Kremlin mantém “a perceção de uma Europa coletivamente fraca” e demonstra “uma desinibição crescente no uso da força”.

Em resposta, o governo francês planeia aumentar o orçamento de defesa para 2,2% do PIB em 2026, um reforço considerado essencial para a dissuasão.