Este desenvolvimento gerou fortes reações internacionais e aumentou os receios de uma nova corrida ao armamento.

O presidente Putin anunciou o "sucesso do teste final" do míssil Burevestnik, que, segundo ele, tem um "alcance ilimitado" e é capaz de superar praticamente todos os sistemas de interceção. O Chefe do Estado-Maior russo, Valeri Guerasimov, especificou que, durante o último teste, o míssil permaneceu no ar "cerca de 15 horas", percorrendo 14.000 quilómetros e demonstrando a sua capacidade de iludir sistemas antiaéreos.

Putin destacou que esta arma é uma resposta ao escudo antimísseis dos EUA, criado após o abandono do tratado antimísseis em 2001.

O anúncio foi recebido com duras críticas por parte dos EUA.

O presidente Donald Trump classificou o teste como "inapropriado" e "inoportuno", instando Putin a focar-se em acabar com a guerra na Ucrânia "em vez de testar mísseis".

O Kremlin, através do seu porta-voz Dmitri Peskov, defendeu o teste como uma resposta à "russofobia e agressividade" da Europa, afirmando que garantir a segurança da Rússia é uma questão de "importância vital". O momento do teste, pouco depois do cancelamento da cimeira de Budapeste e no meio de manobras das forças nucleares, é visto por analistas como "tudo menos inocente", uma clara mensagem de intimidação e capacidade estratégica para o Ocidente.