As manobras ocorreram num contexto de crescente pressão internacional, incluindo novas sanções e o adiamento de uma cimeira crucial com os Estados Unidos. Durante os exercícios, que o Kremlin descreveu como "de rotina", foram testadas as capacidades terrestres, marítimas e aéreas do arsenal nuclear russo.

Um míssil balístico intercontinental (ICBM) Yars foi lançado do Cosmódromo de Plesetsk, no noroeste da Rússia, atingindo um alvo na península de Kamchatka, a mais de 6.000 quilómetros de distância. Simultaneamente, um submarino nuclear no Mar de Barents lançou um míssil balístico Sineva, e bombardeiros estratégicos Tu-95MS dispararam mísseis de cruzeiro.

O Kremlin declarou que "todos os objetivos das manobras foram alcançados".

Estes exercícios, conhecidos como Grom (Trovão), coincidiram com o final do exercício de dissuasão nuclear da NATO, "Steadfast Noon".

O momento é particularmente tenso, ocorrendo logo após o adiamento da cimeira entre Putin e o presidente dos EUA, Donald Trump, em Budapeste, e no mesmo dia em que a Ucrânia assinava um acordo para a compra de caças suecos.

As manobras são vistas como uma demonstração de força e uma mensagem para o Ocidente, reafirmando a prontidão nuclear da Rússia num período de intensa confrontação geopolítica.