A Ucrânia reivindicou a autoria de uma série de ataques com drones em território russo, visando infraestruturas críticas como barragens e refinarias de petróleo. Esta campanha prolongada demonstra a crescente capacidade de Kiev para atingir alvos estratégicos a centenas de quilómetros da fronteira. As Forças de Sistemas Não Tripulados da Ucrânia, lideradas pelo comandante Robert Brovdi, assumiram a responsabilidade por um ataque de drones que danificou uma barragem no rio Seversky Donets, na região de Belgorod, provocando uma fissura na estrutura. As autoridades russas alegaram que a intenção era destruir completamente a barragem, o que teria inundado uma área com mil residentes.
Este incidente segue um padrão de ataques crescentes.
Numa única noite, o Ministério da Defesa russo anunciou ter intercetado 193 drones ucranianos em várias regiões, resultando em pelo menos uma fatalidade.
Desde o final de julho, a Ucrânia tem conduzido uma ofensiva quase diária contra a infraestrutura energética russa. Segundo o 'Kyiv Post', mais de 20 refinarias russas foram atingidas desde agosto, levando a uma redução estimada de 20% na capacidade total de refinação da Rússia.
A refinaria Rosneft Ryazan, a cerca de 450 quilómetros da fronteira, foi recentemente atacada pela quarta vez em três meses.
O presidente Volodymyr Zelensky afirmou repetidamente que a Ucrânia responderá à campanha russa contra o seu sistema energético com "bombardeamentos semelhantes contra infraestruturas críticas russas".
Estas "sanções de drones" estão a ter um impacto tangível, causando escassez de combustível em algumas regiões russas.
Em resumoA Ucrânia está a levar a guerra para o território russo através de uma campanha estratégica de ataques com drones contra infraestruturas críticas, incluindo barragens e, principalmente, refinarias de petróleo. Esta tática visa perturbar a economia de guerra da Rússia e responder aos ataques de Moscovo, demonstrando uma capacidade ofensiva de longo alcance cada vez mais sofisticada.