Estes eventos, somados a uma violação do espaço aéreo por aeronaves militares russas, elevaram a tensão no flanco oriental da NATO.

O governo lituano tomou medidas drásticas depois de o aparecimento repetido de balões, alegadamente utilizados para o contrabando de cigarros a partir da Bielorrússia, ter perturbado o tráfego aéreo nos aeroportos de Vilnius e Kaunas durante três noites consecutivas. As passagens de fronteira também foram temporariamente encerradas.

A primeira-ministra Inga Ruginiene anunciou que o governo estava a considerar um encerramento indefinido da fronteira.

A líder da oposição bielorrussa no exílio, Svetlana Tsikhanouskaya, descreveu os incidentes como "mais um sinal de que o regime está a usar o contrabando de cigarros como uma ferramenta de agressão híbrida contra a Europa". Agravando a tensão, a Lituânia acusou a Rússia de uma "flagrante violação do direito internacional" depois de duas aeronaves militares russas — um caça Su-30 e um avião de reabastecimento Il-78 — terem entrado no seu espaço aéreo a partir do enclave de Kaliningrado durante aproximadamente 18 segundos. Em resposta, caças espanhóis da missão de Policiamento Aéreo do Báltico da NATO foram acionados. O presidente Gitanas Nauseda condenou o ato e apelou a um reforço das defesas aéreas europeias, enquanto o Ministério da Defesa russo negou qualquer violação do espaço aéreo.