A declaração surge no contexto da planeada cimeira entre Putin e Donald Trump na Hungria.

O aviso da Polónia destaca as complexidades legais em torno do mandado de captura do TPI contra Putin por alegados crimes de guerra na Ucrânia. Como signatária do Estatuto de Roma, a Polónia está obrigada a executar o mandado.

Sikorski declarou que "não pode garantir que um tribunal independente não ordene ao Governo que detenha esse avião para levar um suspeito [de crimes de guerra] ao tribunal de Haia".

Ele sugeriu que Putin poderia usar uma rota alternativa sobre a Turquia, Montenegro e Sérvia para chegar a Budapeste.

A reação russa foi imediata, com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov, a acusar os polacos de estarem "prontos para cometer atos de terrorismo".

A situação revela uma clara divisão na UE.

Enquanto a Polónia defende a sua obrigação legal, a Bulgária anunciou que estaria disposta a permitir que o avião de Putin atravessasse o seu espaço aéreo. O governo húngaro, um aliado próximo de Moscovo, também já afirmou que não prenderia Putin, tendo iniciado o processo de saída do TPI.

Este impasse diplomático sublinha o desafio que o mandado do TPI representa para as relações internacionais e as diferentes abordagens dos Estados-membros da UE em relação à Rússia.