A medida, no entanto, expôs fissuras na unidade ocidental, com a Hungria a procurar ativamente uma isenção para proteger a sua segurança energética.
Anunciadas em 22 de outubro, as sanções visam as duas maiores produtoras de petróleo da Rússia em resposta à “falta de um compromisso sério por parte da Rússia com um processo de paz”.
A reação da Hungria foi imediata.
O governo de Budapeste, que compra à Rússia 65% do petróleo e 85% do gás que consome, expressou a esperança de ser isentado. O ministro da Administração húngaro, Gergely Gulyás, declarou: “O nosso objetivo é que o presidente [Donald] Trump mantenha a posição [sobre a situação especial de Budapeste] e que a Hungria possa beneficiar de uma exceção às sanções americanas”. O primeiro-ministro Viktor Orbán, um aliado próximo de Trump e de Putin, planeia reunir-se com o presidente americano na próxima semana para discutir o assunto. A Hungria invoca a sua condição de país sem acesso ao mar como principal obstáculo para diversificar as suas fontes de energia. A Alemanha, por sua vez, já obteve garantias de Washington de que as sanções não afetarão as subsidiárias alemãs da Rosneft, que foram colocadas sob controlo estatal alemão e, segundo Berlim, “não proporcionam receitas para a matriz russa ou para o Estado russo”. O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, chegou mesmo a admitir publicamente que o seu país está a estudar formas de contornar as sanções, argumentando que tem o direito de comprar energia a preços mais baixos.













