Kiev rejeitou veementemente estas alegações, classificando-as como “invenções e fantasias” da propaganda russa.

Numa reunião com soldados feridos, Putin declarou que as tropas ucranianas estavam cercadas em Pokrovsk, um importante bastião na região de Donetsk, e em Kupiansk, um nó ferroviário crucial em Kharkiv. O líder russo chegou a oferecer a abertura de corredores seguros para que jornalistas pudessem “ver com os seus próprios olhos o que está a acontecer” e propôs um acordo para a rendição das tropas ucranianas.

Segundo o assessor do Kremlin, Kiril Dmítriev, perto de 10.500 soldados ucranianos estariam sob cerco.

A Ucrânia negou prontamente estas informações.

As forças armadas ucranianas afirmaram que a situação em Kupiansk é “difícil, mas controlada” e que as alegações de cerco são falsas. Em Pokrovsk, onde a Ucrânia admitiu que a situação é a “mais difícil” na frente, o 7.º Corpo de Reação Rápida reconheceu que algumas unidades russas se infiltraram na cidade, mas negou o cerco. O Presidente Zelensky afirmou que as suas tropas repeliram 55 ataques russos na frente de Pokrovsk nas últimas 24 horas e que “cada invasor eliminado lá é uma conquista para o nosso país”. O Instituto para o Estudo da Guerra, um grupo de reflexão norte-americano, corroborou a versão ucraniana, indicando que, embora as forças russas tenham avançado na zona de Pokrovsk, “quase de certeza que não controlam atualmente qualquer posição dentro da própria cidade”.