Esta iniciativa visa recriar a dinâmica do antigo Grupo de Visegrado, que no passado bloqueou políticas europeias, nomeadamente em matéria de migração.
Um conselheiro político de Orbán revelou ao 'POLITICO' que a Hungria espera unir-se ao recém-eleito Andrej Babis na República Checa e ao primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, para alinhar posições céticas em relação a Kiev antes das cimeiras da UE.
Balázs Orbán afirmou: "Acredito que isso acontecerá — e será cada vez mais visível", comparando a potencial aliança à forma como o grupo V4 conseguiu "resistir" durante a crise migratória.
A formação deste bloco poderia "prejudicar significativamente os esforços da UE para apoiar a Ucrânia financeira e militarmente".
A postura de Orbán já é conhecida, tendo afirmado recentemente que "qualquer pessoa que apoie a Ucrânia está a apoiar a guerra", contrastando com a sua visão de que Moscovo quer a paz e apenas a Europa insiste no conflito.
Esta tentativa de criar uma frente unida contra a política da UE para a Ucrânia representa um desafio direto à coesão do bloco e à sua capacidade de manter uma resposta unificada à agressão russa. Analistas consideram que esta aliança "mina a coesão da União Europeia", criando um bloco de oposição interna num momento crítico.













