Esta estratégia parece destinada a enfraquecer a população civil e a logística militar ucraniana à medida que o inverno se aproxima, uma tática que Moscovo tem empregado consistentemente.

Durante a última semana, a Rússia intensificou os bombardeamentos noturnos, utilizando um número recorde de mísseis e drones. Segundo uma análise da AFP baseada em dados ucranianos, outubro foi o mês com o maior número de mísseis lançados contra a Ucrânia desde o início de 2023.

A companhia privada de energia DTEK reportou "sérios danos nos equipamentos das centrais térmicas", descrevendo os ataques como o "terceiro ataque em massa" do mês. Como resultado, várias regiões, incluindo Zaporíjia e Sumy, sofreram cortes de energia, deixando milhares de pessoas sem eletricidade.

A ONU manifestou-se "particularmente preocupada" com o impacto destes ataques sobre a população civil, antecipando um inverno rigoroso.

Além do setor energético, as infraestruturas ferroviárias nas regiões fronteiriças de Sumy e Kharkiv foram também alvo, causando danos em depósitos de passageiros e linhas de comboio. A primeira-ministra ucraniana, Yulia Sviridenko, afirmou que a Rússia está a tentar isolar as zonas mais próximas da fronteira, com mais de 300 ataques a este tipo de infraestrutura desde agosto.