O primeiro-ministro Viktor Orbán planeia uma visita a Washington para discutir a questão diretamente com o Presidente Donald Trump, argumentando que a dependência energética do seu país justifica um tratamento especial.

As sanções americanas, anunciadas em resposta à "falta de compromisso sério da Rússia para com um processo de Paz", visam diminuir a capacidade de Moscovo de financiar a guerra.

No entanto, a Hungria, que importa 85% do seu gás e 65% do seu petróleo da Rússia, opõe-se firmemente a medidas que afetem o setor energético. O ministro da Administração húngaro, Gergely Gulyás, declarou: "O nosso objetivo é que o presidente [Donald] Trump mantenha a posição [sobre a situação especial de Budapeste] e que a Hungria possa beneficiar de uma exceção às sanções americanas". O próprio Orbán, conhecido pela sua proximidade com Vladimir Putin, considerou as sanções um "erro" de Trump e sublinhou a sua intenção de fazer o presidente americano "entender as dificuldades" de um país sem litoral. Curiosamente, a Alemanha conseguiu obter garantias de Washington de que as sanções não se aplicarão às subsidiárias alemãs da Rosneft, que estão sob tutela do Estado alemão desde 2022 e, segundo Berlim, "não proporcionam receitas para a matriz russa ou para o Estado russo". A postura da Hungria continua a ser um ponto de discórdia dentro da União Europeia, com Budapeste a ser acusada de minar a unidade ocidental contra a agressão russa.