O controlo deste nó logístico é visto como decisivo para o futuro da frente oriental.

A ofensiva russa sobre Pokrovsk e a cidade vizinha de Kupiansk representa uma escalada significativa, com o Kremlin a concentrar um contingente estimado em 170.000 soldados na área, segundo o Presidente Volodymyr Zelensky.

O Ministério da Defesa russo descreveu a situação das tropas ucranianas como estando a "deteriorar-se com uma rapidez invulgar", chegando a apelar à sua rendição voluntária, tal como aconteceu em Mariupol.

Vladimir Putin afirmou pessoalmente que as cidades estavam cercadas, oferecendo-se para criar corredores seguros para jornalistas verificarem a situação.

Em contrapartida, Kiev rejeita estas alegações como "invenções e fantasias".

O Estado-Maior ucraniano garantiu que "não há qualquer cerco ou bloqueio de cidades" e que nenhuma unidade está cercada, embora admita que a situação é "difícil, mas controlada".

Para suster o avanço russo, a Ucrânia lançou uma operação com forças especiais, que terão chegado de helicóptero para estabilizar a frente e conduzir uma "limpeza ativa da parte norte de Pokrovsk". A importância estratégica da cidade é inegável; a sua captura abriria caminho para as forças russas avançarem para oeste, onde as defesas ucranianas são menos fortificadas.

A intensidade dos combates e a guerra de informação paralela, com ambos os lados a fazerem reivindicações contraditórias sobre perdas e ganhos territoriais, sublinham o peso simbólico e militar desta batalha, que alguns analistas consideram poder redefinir o mapa do conflito.