Estas ações levaram o Presidente dos EUA, Donald Trump, a ordenar a retoma dos testes nucleares americanos, assinalando o que o Presidente da Finlândia descreveu como uma "nova era nuclear". Vladimir Putin anunciou pessoalmente o sucesso dos testes, descrevendo o Poseidon como um "sistema promissor" com uma potência que "supera significativamente" a de mísseis intercontinentais e que é impossível de intercetar. O míssil de cruzeiro Burevestnik, de propulsão nuclear, foi também testado com êxito, tendo Putin condecorado os seus criadores.

A justificação do Kremlin para esta escalada é a "histeria militarista" na Europa.

O porta-voz Dmitri Peskov afirmou: "Se não existisse a ameaça proveniente da Europa, então, claro, não seriam necessárias medidas adicionais de defesa".

Em paralelo, a Ucrânia acusou a Rússia de utilizar em combate o míssil 9M729, a arma cujo desenvolvimento secreto levou os EUA a abandonar o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermédio (INF) em 2019. O uso deste míssil, com alcance para atingir alvos europeus, é visto como uma forma de pressão sobre o Ocidente.

Em resposta direta, o Presidente Trump anunciou que os EUA retomariam os testes nucleares, algo que não acontecia desde 1992, para garantir que o seu arsenal está a funcionar corretamente e para se equiparar a outros países. A União Europeia condenou os testes russos, afirmando que "não é um passo na direção certa", mas distinguiu as ações de Moscovo das de Washington, sublinhando que os EUA não realizam testes com munições reais há décadas.