Analistas e organizações da sociedade civil interpretam esta reforma como uma "mobilização silenciosa".

Grigory Sverdlin, da ONG Idite Lesom, que ajuda russos a evitar o recrutamento, afirmou que "Putin está a preparar-se para futuras guerras, dando a si próprio mais liberdade de ação".

A legislação visa o período "pós-mobilização", permitindo ao Kremlin substituir baixas e reforçar tropas de forma contínua.

Paralelamente, Putin promulgou outra lei que permite o envio de reservistas para proteger infraestruturas e instalações críticas.

Estas mudanças legislativas inserem-se numa reorientação mais vasta do Estado russo para um estado de guerra permanente, com a economia cada vez mais focada no setor da defesa, em detrimento do setor civil.