Thomas Gomart, diretor do IFRI, sublinhou que os países europeus têm "o potencial necessário" para enfrentar a Rússia, mas precisam de demonstrar "vontade política".

O estudo destaca a disparidade nas forças terrestres: enquanto a Rússia possui aproximadamente 550.000 militares, prevê-se que até 2025, a maioria dos Estados-membros da NATO e da UE terá exércitos profissionais com menos de 15.000 soldados cada.

Em caso de um conflito de grande escala, a defesa dependeria maioritariamente de apenas seis países, incluindo França, Reino Unido e Alemanha. O relatório critica a Europa por manter uma "economia em tempo de paz", com dificuldades em traduzir o aumento das despesas de defesa num aumento proporcional da produção industrial, especialmente de munições e mísseis.

Para colmatar estas lacunas, o estudo recomenda que os países europeus da NATO destinem, a prazo, 5% da sua riqueza nacional à defesa.

A análise conclui que "a melhor forma de lidar com a Rússia é apoiar a Ucrânia e abordar as lacunas militares críticas".

O alerta é claro: se os europeus não mantiverem a unidade, enfrentarem uma retirada americana e uma derrota ucraniana, "o risco de um confronto direto entre a Rússia e a Europa aumentaria consideravelmente".