O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, proferiu um dos avisos mais contundentes, afirmando que a guerra “está à nossa porta” e que a Rússia poderá estar pronta para usar a força militar contra um país da Aliança “nos próximos cinco anos”.

Rutte instou os aliados a não serem “silenciosamente complacentes”, declarando: “Somos o próximo alvo da Rússia”.

Esta visão é partilhada pela nova líder do MI6 britânico, Blaise Metreweli, que no seu primeiro discurso público alertou para a “grave ameaça” representada por uma Rússia “agressiva, expansionista e revisionista”.

A preocupação é particularmente aguda nos países que partilham fronteira com a Rússia e a Bielorrússia.

Numa cimeira em Helsínquia, os líderes de oito nações (Finlândia, Suécia, Letónia, Lituânia, Estónia, Polónia, Roménia e Bulgária) declararam que a defesa da fronteira leste deve ser uma “prioridade imediata”.

O primeiro-ministro finlandês, Petteri Orpo, sublinhou que, mesmo com um acordo de paz na Ucrânia, a Rússia “moverá as suas forças militares” para perto das fronteiras finlandesa e báltica. Em resposta, a Alemanha prepara-se para aprovar um plano de compras de 50 mil milhões de euros para a defesa, e a Dinamarca adquiriu um novo sistema de defesa costeira antimíssil.