O documento descreve o continente europeu como estando em “declínio total” e a enfrentar uma “erosão civilizacional”, uma visão que foi recebida com alarme em Bruxelas e vista como uma tentativa de enfraquecer e dividir a União Europeia.
O documento norte-americano, divulgado na semana passada, argumenta que a Europa sofre de um enfraquecimento estrutural causado por “regulações excessivas, políticas comunitárias que sufocam a soberania dos Estados, e escolhas estratégicas incapazes de promover inovação e crescimento”.
Critica também as políticas migratórias europeias e a queda das taxas de natalidade.
A estratégia propõe que os EUA devem “promover a grandeza europeia” através do aprofundamento da cooperação com países da Europa Central, Oriental e Meridional, considerados mais alinhados com a visão de Washington, o que é interpretado como um apoio a forças políticas eurocéticas, classificadas como “partidos patrióticos”. Esta abordagem foi descrita como um “choque” em Bruxelas e levou o presidente do Conselho Europeu, António Costa, a afirmar que os aliados não devem interferir na vida política uns dos outros.
A situação é agravada pela perceção de que Trump procura reduzir a UE a um papel subalterno, negociando diretamente com os Estados-membros e utilizando a ameaça de tarifas. Os serviços secretos dinamarqueses, num relatório inédito, chegaram a classificar os EUA como uma potencial ameaça à sua segurança nacional, devido à crescente imprevisibilidade de Washington e ao seu interesse na Gronelândia.












