A comissária europeia para o Alargamento, Marta Kos, afirmou que esta nova etapa permite “ganhar velocidade e intensidade” na candidatura.

A proposta de uma data de adesão fixa, no entanto, vai muito mais longe, obrigando Bruxelas a repensar todo o processo, que tradicionalmente se baseia no mérito e no cumprimento gradual de critérios. Atualmente, Kiev não concluiu formalmente nenhum dos 30 critérios de negociação.

Especialistas como Mujtaba Rahman, do Eurasia Group, consideram a data de 2027 irrealista, afirmando que há “0% de probabilidades de a Ucrânia ser um membro completo da UE” nesse prazo.

No entanto, reconhece que o compromisso “pode revitalizar a candidatura da Ucrânia e pressionar os decisores políticos a inovar e a acelerar o processo”.

A adesão à UE tornou-se uma alternativa estratégica, dado que Washington mantém a porta fechada à entrada da Ucrânia na NATO. O próprio Presidente Zelensky indicou que o apoio americano poderia ser crucial para superar o veto da Hungria, que continua a bloquear a abertura formal das negociações de adesão.