Esta interferência surge num momento crítico, antes de uma cimeira decisiva da UE onde a medida seria votada. A pressão norte-americana é vista por alguns em Bruxelas como uma tentativa de enfraquecer a autonomia europeia e de manter o controlo sobre o processo de paz e os fundos de reconstrução. Um rascunho de um plano de paz negociado entre Washington e o Kremlin previa que parte dos ativos fosse usada para financiar esforços de reconstrução liderados pelos EUA.
A utilização dos fundos num empréstimo europeu, pelo contrário, daria a Kiev maior controlo sobre a sua aplicação.
Esta divergência expõe uma fratura profunda na abordagem à Rússia.
Enquanto líderes europeus como o chanceler alemão Friedrich Merz veem o uso dos ativos como uma forma de aumentar a pressão sobre Putin, a administração Trump parece favorecer uma abordagem que privilegia os seus próprios interesses negociais e económicos, arriscando minar a credibilidade e a coesão da UE.













