A proposta pretende substituir o modelo atual, em que a eleição é da competência do conselho geral, por um sistema mais participado e democrático. A iniciativa socialista defende que as direções escolares devem ser eleitas em lista por um colégio eleitoral composto por professores, pessoal não docente e representantes dos alunos e dos pais.

Segundo o líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, e o deputado Porfírio Silva, esta mudança tem como objetivo principal "evitar a contaminação da vida da escola pela política partidária local".

Os socialistas argumentam que o modelo vigente favorece uma "espécie de circulação entre candidatos autárquicos e candidatos dentro das escolas", o que pode comprometer a autonomia pedagógica e administrativa dos estabelecimentos de ensino.

Com a alteração, o conselho geral passaria a focar-se em reforçar a "ligação à comunidade", tratando de questões como o uso das instalações e parcerias estratégicas.

O PS propõe ainda uma gestão mais colegial, onde as decisões são tomadas em equipa, e um papel mais central para os conselhos pedagógicos, com maior participação dos alunos.

O partido sublinha que não pretende uma "descontinuidade radical", mas sim uma "melhoria incremental da experiência dos últimos anos".