O Governo publicou o decreto que alarga o apoio financeiro a todos os professores deslocados e reforça o seu valor nas zonas com maior carência de docentes, como Lisboa e Algarve, onde o custo de vida é mais elevado. Esta medida é vista como essencial para atrair e fixar professores nestas regiões, que enfrentam uma severa falta de profissionais.

No entanto, a sua implementação imediata está a ser dificultada por problemas técnicos.

A plataforma eletrónica através da qual os professores devem submeter as suas candidaturas para receber o apoio tem estado “encerrada temporariamente”.

Este bloqueio administrativo impede que os docentes acedam a um subsídio fundamental, especialmente no início do ano letivo, altura em que as despesas com alojamento e deslocação são mais prementes.

A situação gera frustração e incerteza entre os professores afetados, que, apesar de terem o direito ao apoio legalmente consagrado, se veem impossibilitados de o solicitar. Este impasse evidencia uma falha na coordenação entre a aprovação de medidas legislativas e a sua execução prática, deixando os profissionais numa situação de vulnerabilidade financeira e burocrática.