Este número representa um agravamento face ao ano anterior, quando a estimativa apontava para 92 a 93 mil alunos afetados.

A falta de professores é particularmente sentida em disciplinas como Matemática, Português e Biologia/Geologia, especialmente a sul do Tejo.

Como consequência direta desta carência no setor público, registou-se um aumento significativo na procura por explicações particulares, evidenciando a crescente necessidade das famílias de recorrerem a soluções privadas para compensar as falhas do sistema. O Ministério da Educação implementou medidas para acelerar a colocação de docentes, como a redução do intervalo das reservas de recrutamento de uma semana para três dias, mas os sindicatos consideram-nas insuficientes. A Fenprof argumenta que o problema não reside na rapidez das colocações, mas na inexistência de professores disponíveis nas bolsas de recrutamento para preencher as vagas, um problema estrutural que exige soluções mais profundas para valorizar a carreira e atrair novos profissionais.