A situação está a gerar debate sobre a necessidade de reformar o sistema educativo para melhor preparar os jovens e adequar a oferta formativa às suas expectativas e às do mercado de trabalho.

Na segunda fase do Concurso Nacional de Acesso, apenas metade dos candidatos conseguiu colocação, totalizando 8.824 novos estudantes, o que, somado à primeira fase, representa quase cinco mil alunos a menos do que no ano anterior.

Ficaram por preencher 9.313 vagas, com especial incidência nos institutos politécnicos de Bragança, Coimbra, Viseu e Guarda.

As vagas para a terceira e última fase do concurso foram divulgadas esta segunda-feira.

Analistas apontam múltiplos fatores para esta quebra, incluindo a diminuição demográfica, as dificuldades económicas das famílias, especialmente no que toca ao alojamento estudantil, e uma crescente perceção de que o percurso universitário não é a única via para o sucesso profissional.

A dificuldade que muitos jovens sentem em escolher um curso aos 17 ou 18 anos evidencia a necessidade de criar “verdadeiras pontes” entre o ensino secundário e o superior.

Apesar da tendência nacional, algumas instituições, como a Universidade de Évora, registaram um aumento de ingressos, demonstrando o potencial das universidades do interior como motores de desenvolvimento regional.