A consequência imediata foi o desfalque de equipas experientes e com formação específica na área da proteção infantil.

A CPCJ do Montijo, por exemplo, alertou para "riscos sérios no funcionamento", encontrando-se sem presidente e com cerca de 150 processos sem técnico atribuído.

Em Alenquer, a situação é semelhante, com a comissão a admitir não conseguir "atender a todas as situações de perigo e risco". A presidente da CPCJ da Amadora, Joana Pinto, expressou preocupação com o perfil dos novos docentes designados pelos diretores dos agrupamentos, alertando para o risco de serem afetos professores "afastados das componentes letivas por questões relacionadas com a sua saúde física, psicológica e mental", que podem não reunir as condições para um trabalho "muito exigente". A medida gerou uma forte contestação, incluindo uma petição online que apela à sua reversão e que já reuniu mais de 1.400 assinaturas, defendendo que a decisão "representa um gravíssimo retrocesso na proteção dos direitos" das crianças.