Este dado sublinha a crescente deterioração das condições de trabalho dos docentes e a urgência de medidas para proteger a sua integridade física e psicológica.
Os resultados do estudo indicam que o fenómeno não é isolado, mas sim uma experiência generalizada que afeta uma maioria significativa da classe docente.
De forma particular, os professores das disciplinas de Português e Matemática são os que reportam um maior número de agressões, o que poderá estar relacionado com a centralidade destas áreas no percurso académico dos alunos e a pressão associada à avaliação. O bullying contra professores manifesta-se de diversas formas, desde a intimidação verbal e desrespeito em sala de aula até ameaças e agressões físicas, criando um clima de medo e ansiedade que compromete a qualidade do ensino e a saúde mental dos educadores.
Esta situação contribui para o desgaste profissional, o aumento do absentismo e o abandono da carreira, problemas que já afetam gravemente o setor.
A divulgação destes números vem reforçar a perceção de que a autoridade do professor tem vindo a ser erodida, num contexto de crescente complexidade social e de desafios comportamentais por parte dos alunos.
A necessidade de uma intervenção sistémica, que envolva a comunidade educativa, os pais e as autoridades, torna-se premente para reverter esta tendência e garantir que as escolas sejam espaços seguros não só para os alunos, mas também para os profissionais que nelas trabalham.













