A situação não só representa um ato de má conduta individual, mas também reflete um problema sistémico mais vasto.

Os pais de crianças com perturbações do espectro do autismo e outras necessidades especiais denunciam, há muito, a insuficiência de soluções nas escolas públicas. A falta de técnicos especializados, como terapeutas da fala ou psicólogos, a inadequação das rácios de apoio e a ausência de formação específica para os professores sobre como lidar com os desafios comportamentais e de aprendizagem destes alunos são queixas recorrentes. Este episódio serve como um alerta contundente para a necessidade de investir seriamente na capacitação dos profissionais de educação, dotando-os das ferramentas e do conhecimento necessários para criar um ambiente verdadeiramente inclusivo e seguro, onde cada aluno, independentemente das suas características, possa desenvolver o seu potencial em pleno.