A sua intervenção destacou a discrepância entre a oferta formativa e as necessidades do mercado de trabalho, um desafio que considera crucial para o futuro do país. Durante a conferência de aniversário do Jornal Económico, Inês Rocha de Gouveia apresentou um diagnóstico preocupante sobre o mercado de trabalho europeu, citando que “80% das empresas na Europa dizem que não conseguem recrutar o talento que precisam”.
A falta de competências é particularmente notória em áreas estratégicas como o digital, STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática) e sustentabilidade.
Para a responsável, investir na qualificação das pessoas é a única forma de Portugal se posicionar de forma competitiva “neste mar de incerteza”.
A presidente da fundação apelou a um esforço conjunto dos setores público, privado e social, incluindo empresas, universidades e politécnicos, para colmatar esta lacuna.
Neste contexto, o papel de entidades como a Fundação Santander é o de “agregar” os vários intervenientes e promover a valorização da formação contínua. Mencionou o investimento de cerca de 25 milhões de euros da fundação, que já beneficiou mais de 304 mil pessoas através de iniciativas como a Santander Open Academy e parcerias com instituições de ensino superior. A sua mensagem central foi clara: “É através da educação e da capacitação e da formação das pessoas que vamos conseguir transformar a sociedade”, reforçando a ideia de que a educação é um agente de mudança social e económica indispensável.













