Esta situação reflete uma crise estrutural de recrutamento e coloca em causa o direito dos alunos a terem aulas. A situação em Lisboa é emblemática da crise nacional de falta de docentes. O Agrupamento de Escolas Vergílio Ferreira, por exemplo, destaca-se negativamente com a falta de 17 professores, deixando inúmeros alunos sem aulas.
Este cenário não é um caso isolado, mas sim um sintoma de um problema mais vasto que, segundo um artigo, revela "obstáculos até para solicitar horários quando faltam professores".
A dificuldade em preencher vagas na capital é agravada pelo elevado custo de vida, nomeadamente da habitação, que torna a região pouco atrativa para docentes deslocados. O problema da falta de professores é uma das principais preocupações dos sindicatos, que o associam à desvalorização da carreira e às precárias condições de trabalho. A falta de docentes não só compromete o funcionamento regular das escolas, como também aumenta a sobrecarga de trabalho para os professores em funções, que muitas vezes têm de acumular turmas para colmatar as falhas.
A situação exige medidas urgentes e integradas que abordem as condições estruturais da carreira docente.












