Segundo a Federação Nacional da Educação (FNE), a tutela prometeu "acolher opiniões de todas as organizações sindicais", com o objetivo de que o novo estatuto entre em vigor no ano letivo de 2027/2028.

Contudo, os sindicatos consideram o prazo demasiado longo.

Pedro Barreiros, da FNE, defende que "há matérias que eram para ontem, como a valorização salarial". A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) partilha da mesma urgência, com o seu secretário-geral, José Feliciano Costa, a afirmar que 2027 será "demasiado tarde" e que as alterações deveriam entrar em vigor já no próximo ano letivo.

A revisão do ECD é vista como uma peça-chave para tornar a carreira mais atrativa e combater a falta de professores, abrangendo não só as condições de trabalho e a remuneração, mas também o recrutamento, a formação e a avaliação. A degradação da profissão é um tema recorrente, com um artigo de opinião a lamentar o regresso às aulas com "mais burocracia e menos respeito", refletindo o sentimento de desvalorização que muitos professores sentem.