Um inquérito revela que seis em cada dez docentes já foram alvo de bullying, enquanto dados oficiais indicam a abertura de 30 processos disciplinares e seis demissões por assédio nos últimos três anos. A degradação das condições de trabalho dos professores manifesta-se também através do aumento de situações de assédio e bullying.
Um inquérito recente aponta que os professores de Português e Matemática são os que mais reportam agressões, evidenciando uma vulnerabilidade particular.
Este fenómeno contribui para o desgaste profissional e para a falta de atratividade da carreira.
O problema não se cinge a atos de indisciplina por parte dos alunos; o assédio no local de trabalho, que pode envolver colegas, superiores ou encarregados de educação, é uma realidade cada vez mais visível. Nos últimos três anos, a gravidade de algumas situações levou à abertura de 30 processos disciplinares e à demissão de seis profissionais. Especialistas reforçam a importância de implementar programas de sensibilização que envolvam toda a comunidade escolar, incluindo os pais, e sugerem a criação de canais de denúncia seguros e eficazes. A falta de respeito pela profissão, mencionada num artigo de opinião por uma professora que regressa ao ensino após dez anos, é um fator que agrava este clima de hostilidade.













