Em tribunal, o docente, visivelmente emocionado, declarou ter alertado repetidamente a direção da academia que partilhava o espaço desportivo para a falta de segurança das balizas, que não possuíam contrapesos. "Sempre insisti com a direção da academia para os contrapesos.

Foi-me dito que aquelas balizas já vinham com contrapesos nas suas barras inferiores", afirmou. O professor acrescentou que, por sua insistência, chegaram a ser utilizadas "câmaras-de-ar com areia" como alternativa, até se estragarem, e que chegou a solicitar um orçamento para a aquisição de contrapesos adequados. O arguido argumentou que, mesmo com os dispositivos de segurança, o acidente poderia ter ocorrido, dado que o aluno correu para a baliza e pendurou-se na trave.

O docente recordou o momento como "um choque enorme", afirmando que o sucedido "é o pior que pode acontecer a um professor".

Após o acidente, o regulamento do departamento de educação física do colégio foi atualizado, passando a exigir explicitamente o uso de contrapesos em balizas amovíveis. A diretora do colégio, inicialmente também acusada, não foi pronunciada para julgamento pelo juiz de instrução criminal.