O sindicato afirma que a administração tinha garantido a continuidade destes profissionais, considerados “essenciais para manter a capacidade assistencial”.

A situação não é exclusiva da saúde.

No setor da educação, o ano letivo arrancou com 78% dos agrupamentos a registarem falta de professores, deixando milhares de alunos sem aulas a pelo menos uma disciplina. Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Escolas Públicas, classifica o problema como “estrutural” e de difícil resolução a curto prazo. Para mitigar os efeitos da colocação de docentes em zonas carenciadas, o governo prometeu a disponibilização de uma plataforma de apoio a professores deslocados, com retroativos a 1 de setembro. Em simultâneo, o encerramento de oito escolas do primeiro ciclo nos distritos de Castelo Branco, Portalegre e Guarda agrava os desafios logísticos e os custos para os municípios, que têm de assegurar o transporte escolar para um número crescente de crianças, algumas passando “mais de duas horas por dia em trânsito”.