Esta medida gerou preocupação imediata entre os reitores.

O presidente do CRUP, Paulo Jorge Ferreira, foi claro na sua objeção, afirmando que “as universidades não são entidades policiais, nem têm trabalhadores com formação para fazer esse tipo de verificação”.

Além das questões de competência, o CRUP levantou problemas relacionados com a partilha de dados pessoais e sensíveis, questionando o seu enquadramento legal.

A proposta implicaria também um aumento da carga burocrática e a necessidade de contratar mais funcionários, agravando a situação financeira das universidades.

Como alternativa, os reitores sugerem que as instituições possam ceder espaço nos seus campus para a instalação de Centros Locais de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM), operados por técnicos da AIMA, uma solução já implementada com sucesso na Universidade de Aveiro. A proposta surge num contexto de crescente internacionalização do ensino superior, com os alunos estrangeiros a representarem já cerca de 5% do total, tornando a agilização dos processos de regularização uma prioridade.