Enquanto algumas escolas e entidades organizaram homenagens, os sindicatos aproveitaram a data para dar voz ao descontentamento da classe.
A Federação Nacional da Educação (FNE), através do seu secretário-geral Pedro Barreiros, destacou que a data servia para chamar a atenção para “mais um ano letivo marcado pela repetição das dificuldades” de anos anteriores, numa alusão à falta de professores, às condições de trabalho e à desvalorização da carreira. O Sindicato de Professores da Zona Norte (SPZN) organizou uma cerimónia em Viana do Castelo, no Agrupamento de Escolas de Santa Maria Maior, que incluiu o hastear de uma bandeira alusiva ao dia e a leitura de um manifesto pela valorização dos docentes.
Em contraste com o tom reivindicativo, outras instituições optaram por celebrar a efeméride.
O Agrupamento de Escolas D. Pedro I, em Vila Nova de Gaia, promoveu uma celebração para homenagear os seus docentes. Em paralelo, a data motivou a organização de eventos de reflexão, como a conferência com Jorge Carvalho, antigo Secretário Regional da Educação da Madeira, na Escola Secundária Jaime Moniz, no Funchal, para debater temas de relevância para a comunidade educativa.
Esta dicotomia entre a celebração e o protesto evidencia a complexa realidade da profissão docente em Portugal, que se sente, por um lado, essencial para o futuro do país, mas, por outro, desvalorizada e sobrecarregada por problemas estruturais.














