O novo subsídio, anunciado pelo ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, representa uma resposta a uma reivindicação antiga da classe docente, que enfrenta dificuldades crescentes devido à crise da habitação e ao aumento do custo de vida. A medida destina-se a professores que lecionem a mais de 70 quilómetros da sua residência fiscal, com um valor que varia entre 150 e 450 euros.

Este montante pode ser majorado para docentes colocados em escolas situadas em Quadros de Zona Pedagógica (QZP) considerados carenciados, podendo atingir os 500 euros.

O Governo estima que cerca de oito mil professores possam beneficiar deste apoio, cujo pagamento terá efeitos retroativos a 1 de setembro ou à data de início do contrato. As candidaturas devem ser submetidas através da plataforma do Sistema Interativo de Gestão de Recursos Humanos da Educação (SIGRHE). A implementação deste apoio é vista como uma ferramenta estratégica para combater a escassez de professores em certas regiões do país, tornando as colocações em zonas mais remotas ou com maior carência de habitação mais atrativas. Ao aliviar a pressão financeira sobre os docentes deslocados, o Governo espera não só reter profissionais no sistema, mas também garantir uma distribuição mais equitativa de recursos humanos, assegurando que nenhuma escola fique para trás por falta de professores.