O Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, atribuiu esta quebra exclusivamente às novas condições de acesso, nomeadamente a reintrodução dos exames nacionais como obrigatórios para a conclusão do secundário.
A acentuada quebra de candidatos ao ensino superior é um desenvolvimento importante para o sistema educativo português, com implicações a longo prazo para as universidades, o mercado de trabalho e a própria profissão docente. O ministro Fernando Alexandre afirmou que a quebra era «expectável», argumentando que os números estão agora em linha com os de 2019, o último ano com requisitos de acesso semelhantes.
«A diminuição é fundamentalmente explicada por isso», reiterou, descartando outros fatores como o elevado custo do alojamento estudantil.
Esta perspetiva coloca a responsabilidade no aumento do rigor académico para a conclusão do ensino secundário.
Embora isto possa garantir que os estudantes que entram na universidade estão mais bem preparados, também levanta preocupações sobre equidade e acesso. A quebra poderá afetar desproporcionalmente os estudantes de meios mais desfavorecidos.
Para as universidades e politécnicos, especialmente os do interior, menos candidatos podem significar dificuldades financeiras e a potencial necessidade de reestruturar a oferta formativa.
Esta situação também afeta indiretamente a profissão docente, pois molda o universo de futuros licenciados, incluindo futuros professores.
O ministro reconheceu a necessidade de as instituições de ensino superior procurarem «outros públicos» para além do tradicional concurso nacional de acesso, sugerindo uma mudança para percursos educativos mais flexíveis.














