Sindicatos como a Fenprof apontam como causa as políticas de austeridade do período da troika, que levaram à saída de 27 mil professores sem a devida substituição, criando um vácuo na renovação geracional. O secretário-geral da FNE, Pedro Barreiros, alerta que mais de metade dos professores atualmente em exercício poderá aposentar-se nos próximos vinte anos, o que provocará uma “descontinuidade grave no sistema educativo”. Apesar de mais de 60% dos docentes portugueses terem mais de 20 anos de serviço e 90% possuírem mestrado, o que evidencia uma classe experiente e altamente qualificada, a falta de atratividade da carreira, marcada por baixos salários nos escalões iniciais, dificulta a entrada de novos profissionais.
Este cenário demográfico coloca Portugal numa posição vulnerável, exigindo políticas urgentes para rejuvenescer a profissão e garantir a sustentabilidade do sistema educativo a longo prazo.














