Perante os múltiplos desafios do sistema de ensino, surgem iniciativas da sociedade civil que procuram repensar o papel da educação, focando-se na colaboração entre escola e família, na inovação pedagógica e no desenvolvimento de competências para além do currículo tradicional. A Casa do Concelho de Tomar, em Lisboa, vai acolher um congresso dedicado à “educação e ao compromisso social”, que reunirá especialistas, professores e entidades governamentais para debater os desafios atuais. O evento está estruturado em três seminários que abordarão temas como “Família e Valores Educacionais”, “Ensino Básico e Secundário – Metodologias e Compromisso Social” e “Ensino Superior – Compromisso Social e Crítica ao Modelo Atual”.
Carlos Galinha, da comissão organizadora, destaca a importância de “reforçar a colaboração entre família e escola” e promover uma “educação integral, que ultrapassa o domínio cognitivo, valorizando igualmente dimensões emocionais, morais, sociais e espirituais”.
Esta preocupação com uma formação mais completa é ecoada num artigo de opinião que defende a necessidade de desenvolver competências socioemocionais nas escolas, alinhadas com o “Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória”. Em contraponto, outra professora, num texto crítico, lamenta a falta de raciocínio lógico dos alunos, exemplificando com um problema simples de matemática que uma turma inteira não soube resolver, o que, na sua opinião, reflete um sistema que “valoriza o resultado em detrimento do pensamento”. Estas iniciativas e reflexões indicam um movimento crescente que procura reformular a educação, tornando-a mais adaptada às necessidades do século XXI.
Em resumoIniciativas como o congresso sobre educação em Tomar, aliadas a reflexões críticas de educadores, demonstram uma procura ativa por um novo paradigma no ensino. O foco está em ir além do currículo tradicional, valorizando a colaboração com as famílias, a inovação pedagógica e o desenvolvimento de competências socioemocionais e de raciocínio crítico.